Conheça o robô que aprendeu palavras com uma professora humana

Pesquisa que tem como objetivo ampliar a interação dos robôs com o homem

Atualmente a robótica permite algumas ações simples como seguir ordens e efetuar decisões muito rudimentares como efetuar pontos de solda e esboçar reações pré-definidas. Durante a guerra fria, a URSS desenvolveu um sistema de retaliação nuclear automática caso o alto comando militar e político soviético sucumbisse devido a um ataque nuclear norte-americano. Inicialmente pensaram em fazer um sistema totalmente automático, mas lembraram de um detalhe que afeta as maquinas até hoje: elas apenas entendem 0 ou 1 e isso em um controle de misseis nucleares não é uma boa ideia.

O detalhe que diferencia as maquinas do homem é esse parâmetro de lógica que pode ser mortal em certas situações, pois o computador pode aprender qualquer comando, mas fazer associações abstratas ou relacionais é uma barreira mesmo para os mais avançados sistemas de inteligência artificial, mas uma pesquisa do departamento de robótica da universidade de Hertfordshire está começando a desbravar essa barreira.

DeeChee é um robô que foi desenvolvido sobre a plataforma iCub, um projeto open source de inteligencia artificial que está disponível para qualquer um desenvolver robôs para uma variedade de tipos de pesquisa, o que permitiu ao DeeChee adquirir a capacidade da fala ainda que rudimentar.

Os iCubs são projetados para aparentar crianças humanas. Seu design também chama a “hipótese da cognição incorporada”, uma teoria que diz que a percepção do próprio robô e seu desenvolvimento dependem, em parte de sua incorporação na forma humanoide. Essa teoria foi utilizada no filme Inteligencia Artificial.

Porém eles ainda estão longe de serem parecidos com Optimus Prime, C3PO ou T-800. o DeeChee aprende com uma professora humana palavras simples como cores. Segundo um dos pesquisadores “Em nossos experimentos algumas formas salientes de apenas uma sílaba de palavras são aprendidas por um robô humanoide em tempo real. As palavras surgem em combinações silábicas aleatórias através de um processo de aprendizagem baseado em um diálogo entre o robô e o participante humano, cujo discurso é percebido pelo robô como um fluxo de fonemas “, explicaram.

O robô tem feito progressos significativos na aquisição, aprendizagem e falando palavras, relatou a equipe.

“Formas de palavras são normalmente produzidas pelo robô após alguns minutos de diálogo, empregando um método simples de mecanismo de frequência em tempo real”, escreveram eles. “Este trabalho mostra o potencial dos sistemas de interação entre humanos e robôs em estudos da dinâmica de aquisição da linguagem.”